Dizer o que são as coisas?
Negar a existência?
A incapacidade da definição
Um vórtice branco em permanente movimento
Infuso nas coisas
Já na noite nem flúi o rio
Mas divido o vento segundo a segundo
E adensa-se o frio
E penetramos a água com nossos ramos
Vivemos materialmente vivos
Mas vemos nossos reflexos
Na superfície espelhada do rio
Definha o risco em brilho curvo arisco
Suspiralívio o novo início
Gemendo
O galho que se partiu.
Zé Chove