11.4.22

Convento dos Capuchos

palmas das mãos nestas pedras de musgo

afago o teu fôlego neste claustro oh Deus

do fresco da capela me arrepia o teu sopro

do teu clarão no lago me faço cego

 

teu corpo eremitério por matas desterrado

passo a passo entre as celas escondidas nas rochas

na clausura do espaço os ombros curvados

no granito sepultado capuchinho me torno

 

todos passos que os monges aqui rezaram

e por esta cruz que marca o tempo no pátio

ao silêncio impoem-se o abandono, viva pureza

 

foi revigorada a fé em pedra e arvoredo

ruina de bordão bem cingida a pobreza

o sacrário na serra teu divino segredo

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