28.5.11
Esquinas Dobradas
8.11.10
Bezana Tolkianna
11.6.10
Crochê
Segura
12.5.10
Planícies
27.2.10
Natureza Morta
15.2.10
Duplos e Triplos
É o prolongar da relação
Extende-se o tempo e engrossa-se
A história. White Album,
Melancollie and the infinite sadness,
Sketches for my sweetheart the drunk,
Unearthed, Live at Sinè,
Mashed Potatos, With the Lights Out,
Abbatoir Blues and the Lire of Orpheus,
Lost Dogs, Kid A and Amnesiac,
E a bem da sanidade despejo no mesmo saco
O que foi concebido separado
Morrisson Hotel e American Prayer,
Oh, Inverted World e Chutes to Narrow,
Blue Lines e Mezzanine,
Odelay e Mutations
Tardes e tardes e tardes e tardes...
Madalena Nova
3.2.10
Desert Rose Yelei Yelei
animais assassinos
rastejando as praças abandonadas à
selvajaria do vento frio,
paixão dilacerante quimérica,
por toda uma vida que será eternamente jovem
congelada numa lápide a prata,
masmorras, ecos, alucinação, gemidos lancinantes,
olhos demasiado pintados como chagas negras,
lágrimas quartesmais, jejum, correntes,
velas vertidas sobre a carne indefesa como símbolo de pureza
perdida com a brandura do cera dormente,
escorpiões, noites geladas ou o inferno impiedoso do sol,
impiedade, o zénite e o ocaso num segundo,
caravanas, areias desérticas, possessão,
algemas, escravidão, chave da caveira, trotes fulgurantes,
superfícies cromadas e enferrujadas, antagonismo,
donzelas vagamente latinas e dorsos acobreados,
índia sacerdotiza do ritual esquecido como a brasa
sob a cinza, fogo-sopro-fogo, cactos imponentes, penhascos, agressividade,
desfiladeiros, grutas, os céus como centos de cascaveis revoltos,
o assobio solitário, a fogueira tribal, o banjo, o coiote, o abutre,
impetuosidade, abnegação, paixão exacerbada, sacrifício,
culpa, voltar as costas ao mundo.
Madalena Nova
Se o Coração
A vitalidade do deserto faz vibrar as pálpebras
No ar estrelejam os fogos e os estoiros no ar
Ribombam no coração
E embargam-nos a fala
Tudo se passa no ar
Resplandece a calda de nuvens imemoriais
Descende nas nossas nucas
Desnudas o arrepio sideral
E trota no espaço o trovão
Num segundo o dia rasga a noite
No paladar um travo a azul petróleo
Impressões digitais indeléveis na súbita
memória sequiosa de mudanças arrebatadoras
uohoooooohaaa
enche me de paixão
André Istmo
27.10.09
Estado divino
não chega a haver um estado...
apenas um ligeiro prurido
..........................................................
Se me descanso sobre um rochedo
as arquejantes costas batidas
por ondas que morrem cedo
náufragas a meus pés esquecidas
Nas escarpas ecoam esperançosos
risos pelo vento recolhidos
em fermosas redes de suaves cordas
onde nos abandonamos loucos, risos.
Madalena Nova
19.6.09
Andor Azedo
Dissolvo tudo até se tornar concreto
O que foi doce é hoje um andor azedo
Um barco que sobe o Tejo contrafeito
Madalena Nova
27.3.09
Quarto Minguante
oscilam no exíguo quarto
da febre e na incerteza
do candeeiro reflexo copo d'água
caracteres persas do tapete
marescíveis nas lágrimas
inseguras dum olhar desfocado
na leitura do julgamento
dos passos perdidos em pinturas
gritam nas paredes apodrecendo
os tabiques da consciência
a noite desceu infrene sobre as cortinas
junto ao soalho o maior medo
é que me a falhe o coração
Madalena Nova
23.3.09
Rubor Desflora
nas auroras
se o rubor desflora
deixo as gélidas matutinas
dançarem na cela
enquanto o coração dança lá fora
o corpo aquece
o parapeito de granito
se o coração estremece
abro a janela
Madalena Nova
6.2.09
Estatísticas #6
húmus, murmúrio, aurora,
hausto chilreado, raízes, geada, líquenes, fungos, pinhas,
fibras, rácimos, sublimação,
vermes, quitina, mineralização, corola,
haste, caule, melro,
Rouxinol, morcego
Madalena Nova
3.2.09
Pigmentos
Terbentina óleo seco aspereza
Linhaça brilho centelha limite
Cerda ráfia
Telas mimesis
Tábua
Entardecer grimshaw
Frandosidade frágeis galhos
Natureza
Madalena Nova
9.10.08
Estatísticas #5
o material, a forma, a estrutura, quem a vive, o tempo
álgido gélido pálido esquálido
fúlgido válido corpo tíbio vómito
ebúrneo crómio micróbio marmóreo
plástico plumbeo níveo núbio salsugem
fuligem ferrugem rabugem cruzem nuvem
clivagem adstrigem margem cravem
desalmados alma almada alma amada
almejar calma almancil almargem Almedina
alameda almendras alimento almoço almeirim almastar
promana emana imana emenda irmana
demanda umana exmana maneira manel mandá-la mandala
Madalena Nova
15.9.08
Pomos
De lógica polpa
Fibrosos
Fios onde me enleio e puxo
Talvez mude
O tom da pele a cor
Senão a mim
Talvez ao outro
Puxo com mais força
A quem exponho
Meus sumarentos gomos
Madalena Nova
27.8.08
Superfícies
A rosa roda volteia gira e afunila
A roda a moda
As essências o ouro
O diamante
A carne ao abrir a porta
O luxo o relógio
Segundo o belo
Não serve de nada
O dinheiro o fresco
Montra de superfícies
A pela a marta a água o rímel
É tarde é tarde a sociedade
La suciedad
A novidade
Conjuro o requinte
O tesouro a foto a foto e a foto
Seguinte
Desmedidamente no mundo me afundo
Madalena Nova
22.7.08
Amantes
E afaga o cabrito-sol
Perseguem-se como dois amantes inconfessados
Brincam tocam-se cedem e concedem
Envolvem-se azeite e água e choram
Assim assim uma vez e outra sem nunca se falarem
Exibem troféus seus anjos
Emprestam e experimentam sobre as mesmas árvores
Mas quem diz que se conhecem?
Madalena Nova
1.6.08
13 de Março (x2)
Sim -13 de Março(x2) - também é esse
Mais ou menos o meu prazo
E até lá encarecidamente eu peço
Um fogo purificador que abrase
Qual luz e chama de crisol
Os escolhos e os folhos
Panejamentos e trapos
Que seguem atrás de mim
Como uma banda de aleijados
E eu os arrasto com medonha inércia
Pois erroneamente concluo não ser completo
Sem eles e sem eles não se erguer a sinfonia
Madalena Nova
Convento dos Capuchos
palmas das mãos nestas pedras de musgo afago o teu fôlego neste claustro oh Deus do fresco da capela me arrepia o teu sopro do teu cla...
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Entre 1241-42 os mongóis invadiram a Hungria. Lamento pela Destruição do Reino da Hungria pelos Tártaros Escrito por um clérigo da época. Tu...
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