17.9.13

XX

Tudo o que é público esterilizado
altamente definido supersónico cristalizado
e eternamente de novo
nos adolescentes que tropeçam nas suas poses
de branco e negro esborratado em amores
incutidos pelo público revistos
por câmaras de circuitos integrados
equilíbrio de sexos garotas de olhar pardo
rapazes de olhar desconfiado
estradas e ruas - carros de noite andando vazios
o tempo da cidade
renovado pelas brisas arrastadas pelos notivagos taxis
encapsuladas nas marquises e cartazes do estado
ninguém acorde ainda(clap clap) só apartir das 6
antes disso o sonho é um veneno a mais
solta os ombros faz os vegetais
em picado tira os martinis
da parede a pele da diva no frio
aço escovado a rua serpenteia
em luzes pelas fachadas de cristal
sussurro ao teu ouvido não existe
o esgoto não existe o lixo,não
não existem pais não passam duma canção
de antigamente existe a ordem e a obediência
existem regras de trânsito e sinalização
existe o comércio a moda e o tesão
que entumesce as avenidas ilumina a sociedade
e nos dá uma razão
sentes no coração palpitar um frémito
no peito o sangue borbulha como um rumor ancestral
ameaça nos teus olhos secos uma lágrima brotar
suspende o pensamento e adormece

Convento dos Capuchos

palmas das mãos nestas pedras de musgo afago o teu fôlego neste claustro oh Deus do fresco da capela me arrepia o teu sopro do teu cla...