palmas das mãos nestas pedras de musgo
afago o teu fôlego neste claustro oh Deus
do fresco da capela me arrepia o teu sopro
do teu clarão no lago me faço cego
teu corpo eremitério por matas desterrado
passo a passo entre as celas escondidas nas rochas
na clausura do espaço os ombros curvados
no granito sepultado capuchinho me torno
todos passos que os monges aqui rezaram
e por esta cruz que marca o tempo no pátio
ao silêncio impoem-se o abandono, viva pureza
foi revigorada a fé em pedra e arvoredo
ruina de bordão bem cingida a pobreza
o sacrário na serra teu divino segredo