No meio do frio,
os pés enregelados.
A vontade de vencer,
de não ser submetidos.
Uma oração que brota aos lábios sentimental,
mas sentida verdadeira.
O corpo, já não o sente
atravessa os obstáculos rasgando a carne.
Não está só e o fim é bem claro,
só assim aceita a dor.
Não vai sozinho,
todos juntos sorriem,
porque não é a batalha mais importante,
mas sentem o gozo de vencê-las todas.
A lua brilha gorda na noite clara.
olhando para o lado o companheiro sorri-lhe.
Para trás fica o abismo negro da serra já tomada.
O cume não se vê, a densidade do mato não o permite.
Por fim chegamos o descanso merecido.
Paulo
27.6.07
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