Ouvi de joelhos o último andamento,
Fui arrastado pelo ritmo tremendo,
Gemi com o violino agarrado ao peito.
Explosão de alegria vertido nos ouvidos,
Afogou-me o intelecto.
Os baixos bombeando no meu tórax,
Os finos lambiam-me a pele e rasgavam-me a garganta.
Por fim um grito das cordas e o turbilhão esmorecendo,
como ondas cansadas na praia.
O corpo prostrado fora vencido,
O espírito esfuziante orgulhecido.
Queria mais mel,
A carne não se fez rogada. Embrutecida,
Subiu o volume e ouviu mais duas já fora do sublime.
Zé Chove
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