- Ainda aí está, todo inteiro?
- Sim – responderam os seus lábios.
Quebrou-se o último fio. Algures, dentro daquele túmulo de carne, existia ainda a alma de um homem. Emparedada pelo barro vivo, continuava a arder aquela inteligência fogosa que lhe havíamos conhecido. Mas ardia em silêncio e nas trevas. Estava como que separada do corpo. Não tinha corpo. O próprio mundo não existia. Conhecia-se apenas a si mesma, e a vastidão infinita do silêncio e das trevas.
Jack London, O Lobo do Mar
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