Cravei três rosas brancas,
Na areia junto ao mar.
Como símbolo do nosso amor,
Ante a imensidão do grande abismo.
De manhã cedo estava o céu nebulado,
As nuvens baixas taparam o céu estrelado.
Testemunha silenciosa da nossa promessa,
As ondas vinham e refrescavam as rosas.
Vieram os primeiros e discorreram se seriam,
Algum símbolo satânico ou funerário.
Outros passaram correndo distraídos,
Por fim um cão rosnou-lhes e mijou-lhes em cima.
Caíram as primeiras pétalas vítimas do vento.
Por muitos dias os caules mantiveram-se hirtos e viçosos, descabelados.
Mas as ondas ficaram brutas,
Esbofetearam a areia que as sustinha e tragaram as rosas.
Roçaram desamparadas o fundo do mar,
Nos vagalhos flutuaram devagar,
Desfolhadas e estraçalhadas já não podiam chamar-se rosas.
Diniz Giz
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