Dois putos a correr rua abaixo,
casacos de cabedal reguilas,
gel na cabeça cheia de ritmos,
pincham gritam na flor da vida.
Máquina de fumos arfando,
bombeia ódio negro cheiro,
corpos brandos vão dançando,
denso aroma do pecado.
Gritos longos de júbilo,
prazeres roxos e nocturnos,
estridentes guitarras gemendo,
dores de cabeça olhares soturnos.
Vão saltando vão correndo,
no interior dum gigante silo,
vozes roucas ecoando,
loucura incontida espiralando.
Zé Chove
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