Prepararam o funeral com toda a pompa,
mantas roxas nas varandas.
Todos os homens com as melhores roupas,
velhas chorando roucas,
sombria tarde sem fim.
Foi a traição que os levou,
febre,
dor,
onde estão os nossos filhos,
febre,
ardor,
faca aguda cortou seus trilhos.
Ainda soam seus risos marciais,
aldeia em festa orgulhosa.
Recebe agora muda os pueris destroços,
carne podre misturada na guerra.
Febre,
Senhor,
onde está o meu filho.
Lancinante,
amor,
quem levou meu doce milho.
Morte,
dor,
fardo esmaga sufocante peitilho.
Zé Chove
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