Na aldeia gasta eterna do meu coração,
beleza dura nas penhas cortadas.
Em bronze gasto, verde e quebrado,
sinos de aldeia abandonada em pó,
neblinas alvas voando livres,
o silêncio esquecido de madrugadas.
As casas vazias de xisto tão sós,
o húmido da serra escadeada de verde.
pássaros piando de dor,
subitamente um grito rasgando o céu.
O peito a ferver de expectativa,
a espinha rasgada por um rastilho frio,
seria de - solidão, terror ou amor?
Com certeza de homem,
pulmões em sangue em dor?
As colinas repetem até ao infinito
a explosão lancinante dum louco?
Filipe Elites
20.7.07
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