9.7.07

Na praia

Na praia cheia de ondinhas alinhadas baixas,
vi uma borboleta no contraste das nuvens negras,
choveram lágrimas por ti,
e a borboleta perdeu a cor.

Contemplei dorido o horizonte,
pensei nos nossos disparates.
Acorda borboleta antes do sol se pôr,
tenho a esperança no amor.

Mãos nos bolsos impotente,
ninguém me veja neste instante.
Palhaço triste e desbotado,
borboleta mortiça ao meu lado.

Mas a vida é mais bonita faz te ao largo,
levantei-me brusco irritado,
a borboleta estremeceu de vento,
olhos frios, corpo determinado.

Cravei as mãos na areia fria,
preparado para explodir.
Ouvi tua vós atrás de mim em lado incerto,
parou a chuva e a borboleta voltou a subir.


Lúcia

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