9.7.07

Ondas fortes

Ondas fortes bem desenhadas,
rebentavam em arco cada vez mais mansinhas.
Queria saltar as vagas mais fortes lá ao fundo,
tive medo da força e das misteriosas águas turvas.

O terreno irregular conduzia correntes,
brutas que me arrastavam,
gelado revoltado contrariava,
gritava revoltado depois deixava.

Fazia me leve de costas deitado,
semicerrava os olhos feridos pelo sol,
e o doce turbilhão lá me levava.

De noite na cama durante os sonhos,
acordava espantado com suaves tremuras,
nas pernas, réplicas do que no mar tinha sentido.

Lúcia

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