A lua desfocada atrás das nuvens,
A madeira gemia nos trastes velhos,
Dormia a casa num sonho de Kazan.
Um rosto de parvo fitava-me no reflexo do vidro,
Ao lado das árvores negras lá fora,
Mais ao fundo a porta do meu quarto.
Não sei do amanhecer,
Agora sigo embalado,
Em cantigas do maio.
Filipe Elites
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