Bidons enferrujados
o latido ensandecido
dos cães à noite
quando ouvem passos
na solidão dos armazéns
as luzes tristes de um carro
parado nos arrabaldes
o fresco trilar dos grilos
as neblinas fétidas
fantasmagóricas
evolando do riacho
que corre entre as margens
frondosas e desalinhadas
onde os mortos
escondem os seus mortos
Mário Mosca
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