Túneis,
descendo húmidos
de água podre e limos,
mais recônditos e emaranhados
que são os teus medos.
Fugindo eternamente
das luzes suspeitas
que surgem no caminho,
cego e inseguro,
foges do vapor que te sai da boca,
até caires no lamaçal profundo
onde mergulham os falhados
e sorves a imundície até ao sufoco.
Zé Chove
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