Perdido num beco escuro
onde fumam grelhas de esgoto
os miasmas matutinos
escondendo sombras vultos furtivos
ao longe catenárias choram gemidos
quando te aproximas da porta refundida
tocas à porta noite alta
és aceite no covil
antro de perdição aquecido
sofás de veludo
tecto escuro
sibilam conspirações
entredentes máfias de bairro
luzes ténues de confidências
molhadas em álcool escocês
o breu sussurra indecências
espírito de art noveau
espelho de decadências
(PS: não deixe de visitar os lavabos)
Lúcio Ferro
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