18.10.07

Pães de sangue e terra

Pães de sangue e terra
amassados à pancada
bocas empaturradas à pressa
sais de lágrimas enregeladas

flutuas abraçado com carinho
força bruta que arrasta
toda a (matéria) em uníssono redemoinho
zonzo. Nada se chega nada se afasta.

Bois desamparados à tona
coisas giram num funil
giram apáticos ronda em ronda.

Oh sopa morna e fútil
marinada em que volteiam nossos corpos
valsa lorpa sem acordar os mortos.


Nicolau Divan

Sem comentários:

Enviar um comentário

Convento dos Capuchos

palmas das mãos nestas pedras de musgo afago o teu fôlego neste claustro oh Deus do fresco da capela me arrepia o teu sopro do teu cla...