Pães de sangue e terra
amassados à pancada
bocas empaturradas à pressa
sais de lágrimas enregeladas
flutuas abraçado com carinho
força bruta que arrasta
toda a (matéria) em uníssono redemoinho
zonzo. Nada se chega nada se afasta.
Bois desamparados à tona
coisas giram num funil
giram apáticos ronda em ronda.
Oh sopa morna e fútil
marinada em que volteiam nossos corpos
valsa lorpa sem acordar os mortos.
Nicolau Divan
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