Espero por ti há porta da cabine
Das fotografias de passe
Vestimentas tribais
Olhares esbugalhados
Não somos normais desde o sorvo
De Maldoror
Prá apimentar a febra
Cubos e cubos de carne
Sobre o assador
Loiça craquelé
Averiguou se as mãos não teriam manchas de sangue
Calou todos os sons da urbe externa
Gritou até sentir nas cordas vocais um ardor
Do calor em brasa os colants
A textura de areão grosso
Cravada na banha dos braços
De noite entre as tabernas
Um deleitoso furor
Dependurada do telheiro
Os sóis brilhando em tudo
Mas mais nos cílios
Pestanas e cabelos
Meu amor
Juntou a sua à voz do tordo
E chora sem consolo
Não não chora
Morre
Não não morre
Gozo
Gozo desta trampa de poema
- que aborto.
Diniz Giz
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