23.7.08

Hino ao Irmão Vento

Nem é tanto a luz é é mais o vento
Não é o tempo que afoga é o momento
Nada fundo pranto sob-desalento
Ninguém assiste à queda pára o tempo

Nunca alcança o proposto alcanço
Nenhuma inércia aguenta tal balanço
Não não é a luz que dá o avanço
Nada aponta o vento sem descanço

Não basta um folgo intermitente
No girar do mundo pendente
Nalgo mais constante mais permanente

Necessita o barco do sopro fulgurante
Não é da luz potente o movimento
É do vento é do vento incessante

Orlando Tango

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