o cerne do pensamento é
a falésia arenítica além Tejo
sem aviso se esb'roa a meus olhos
sob o rio em cascata espumosa
dilui-se nas águas dos cacilheiros
e faz-se meu não como o estáter
encontrado e entregue na boca do peixe
mas outro Tejo fluindo sem substrato
navego nocturnas esquecidas águas
e se me ofusca noite alta um Bugio
do leito com rotina industrial
drago do Tejo areias pretéritas
entre friáticas neblinas do Rio
ergo em pensamento novas falésias
Lúcio Ferro
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