1.1.09

Segredo

Um segredo como um barco velho
Preso e escondido entre uns juncais
Sempre com medo dos corvos rabugentos
Que vagueiam em círculos os baldios

Nem medo, nem lei, nem ruídos, nem olhos,
Nem mesmo os nossos, até ao nascer do sol
A sombra a sombra da loucura saída
Da sombra da morte sobre os vivos caída

Em todas as cidades chuva arrasta
Um cheiro de morgue ou de couves
Podres dos pântanos mal dragados

Orlando Tango

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