16.11.09

Vilas e Ovelhas VIII

Não sinto a fibra da vossa cepa. Sois moles. Adiais qualquer projecto possível em nome da liberdade. Transformasteis o conceito de liberdade em pura negação. Sois uns verdadeiros bandalhos. Não desvieis o olhar – ainda tenho força para vos aviar dois tabefes nessas caras imberbes.

Ia caindo no caminho. Decidi atalhar e escorreguei em direcção ao poço velho. Ah! Ah! Esfolei-me aqui na barriga, de lado. Ao atravessar o rio ouvi vozes perto da mini-hídrica mas não vi ninguém. Nunca mais arrancam as obras lá em cima na serra.

Depois dum osso partido vai-se ao endireita e só depois ao hostital. Da última vez cheguei lá de cotovelo inchado. Espetou uma agulhas na batata. Uma aguadilha morna fluiu das perfuradelas. Fico sempre maravilhado com as suas rezas enquanto enfaixa os doentes.

Havia um sentido épico dado a toda a vida que se perdeu no dia em que passamos a considerar a importância do minuto. A urgência é anis escarchado numa garrafeira fechada numa sala duma matrona quarentona, enjoa de tão doce.

Passámos à sala de jantar. Ajudei a transportar a travessa do arroz de pato. Vimo-nos entre a tropa que vicia o ar da casa. Atravessamos o ar leves com o pensamento preso um no outro.

Sim casei por dinheiro. Ninguém toma uma decisão destas dum momento pró outro. É um crescendo e os sentimentos de culpa vão sendo mitigados pelo embotamento de acções anteriores.

Fui viajar por ocasião da venda dum apartamento duma que recebi em herança duma tia afastada.
O apartamento fica numa antiga vila oprária na cidade de L... Ao fundo do corredor que estrutura a vila fica uma antiga fábrica

Sem comentários:

Enviar um comentário

Convento dos Capuchos

palmas das mãos nestas pedras de musgo afago o teu fôlego neste claustro oh Deus do fresco da capela me arrepia o teu sopro do teu cla...