O pânico que o gavião esqueceu
Com o hábito da queda alta
Sobre o sufoco do vazio
No corpo nele envolto
Suspenso no diafragma
Dispara o coração
Sem alvo à vista
Ou impossível de abater.
Se perigo metralha
A agonia de morte
Que alma embala
Na supressão contínua do espaço
É do ver se bala-destruída
E sem tê-la agarrar a dor
Como único sustento
Que o fim nunca mais chega.
Zé Chove
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