3.3.10

Vinhas de Sangue

Afastando a manta da manhã
Os confins pariram-nos de rubi
Espinhaços, serras, plainos e rechãs
E o tinto vertido infinito rio

Cedo se cresta o vale de tanto rasgo
Desenho nas costelas do meu peito
Conduzindo as paralelas escarpas
Nas vergastadas do inverno a eito

Esteado às escadas de xisto
O estoirado vinhedo vermelho
Que sangro! Em vertentes ébrias do rosto

Rácimos-chagas dádivas de Cristo
Cálice da Agonia de joelhos
Vinhas de sangue lágrimas de mosto

Zé Chove

Sem comentários:

Enviar um comentário

Convento dos Capuchos

palmas das mãos nestas pedras de musgo afago o teu fôlego neste claustro oh Deus do fresco da capela me arrepia o teu sopro do teu cla...