I
O entalhe da veia
O engrossar da pálpebra
O crâneo cheio de terra
A púrpura gananciosa
O incómodo exíguo
Do caixão de madeira
O que é que podemos demolir já?
Efectivemos as extremidades
Rasguemos já as trincheiras
Da nossa raiva em que o ódio
Flua
Masmorras de família em que entram de joelhos
Trilhos nas planícies
De agrura dia-a-dia
Perdidos pelo vento reflexos
De caveiras na sopa de grelos
Bocejos sobre as mesinhas de cabeceira
Os teus gestos de coveira
Envolves-me na tua terra
Lúcia
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