25.11.10

Retábulos

Somos o retábulo por demais macerado
Dos roxos nacarados do veludo mais ráfio
Perdem-se os passos nos ecos secos
Do canteiro mal assente e sem pedra de fecho
Oh oráculo sem sentido que nos arrebatas
Ao fundo dum poço ao centro do pátio
Em-nós, onde nos afogamos paladinos sem Senhor

André Istmo

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