26.5.11

Garota da Urca

E de novo o vento, sopra não sei bem de onde, algures entre a Praia Vermelha, o morro da Urca e o morro da Babilônia. Grita a passarada Tucanos, Bem-te-vis, as mudas tortolias embalam as sestas dos peões que deitados nos bancos de concreto pesado fantasiam sobre as formas dos côcos lá no alto. Cruzam silenciosos os gaviões centelhas negras que sobem e descem com o bico escrevendo  nos maduros paredões graníticos dos morros. Eu deitado e ela passa. E a brisa que a envolve devia ser inscrita como pecado no Lexicon uma chama de Hades com cara de menina distraída. todas as poças a fotografam rendidas por terra. E o pó do chão levanta-se exaltado como no dia da criação do homem.

Sôr Flamengo

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