Os espasmos do vento na cara da imponente
escarpa
escapam-se pelas paredes, varrem os valados
e caem pelos pelos abismos em vertigens
loucas
e ganham nova vida nas florestas de folhas
rasantes rasgam a superfície dos lagos
espalhando convulsas palmas e uivos bravos
sempre que as rugosidades vibram
ou os planos se abrem em rasgos largos
e os afunilamentos se desengolfam
brevemente
em amplos espaços de céus dormentes
e os sufocos expiram agudos se tornam
graves
e fazem ribombar nas frentes mornas
que sobem fétidas das tristes cidades
inclementes e luminosas tempestades
Sem comentários:
Enviar um comentário