2.6.12

Burros


A alma amanssa-se em brisas que não se ouvem
sussurras Tu em brando fogo oh Santo Espírito
aos nossos empedernidos rochedos frios
que alguns chamam coração corações de

talho de carne igual às outras bestas do mercado
quem mo dera ter alado um sopro forte
quem me dera ser um pouco menos barro
e mais do sopro ardente incriado ser lingua de fogo

e dócil como um burro bem tratado aos pés do dono
um golfo de rosadas cítaras adelgaçando um mantra
pegando fogo. Um monumento moldado em todas as castas

na praça central a sibila dançava em torno do burro
com tiaras, sininhos, lantejolas, pernas, ventres, véus
rodopios, rosfolega passo a passo e puxa o cabresto

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