Eu venho de italia do meio de uma sociedade nojenta em que
os ricos esmagam quanto podem e chego aqui ao brasil na primeira noite desço a
cozinha e pego um mamão com quase dois quilos e corto-lhe as pontas já meio
podres, depois corto uma tiras de casca e mordo diretamente a polpa do fruto
até às sementes sorvo o suco brando enjoado como uma flatulência açucarada com
adoçante, inclino a cabeça sobre a lixeira para que as gotas que me escorrem
pelo queixo não pinguem no chão. Ponho me a imaginar se algum animal exótico
terá roçado na casca do mamão, alguma serpente ou batráquio venenoso.
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