Ontem vimos o poeta Ruy Belo na Praia Vermelha
de sunga encarnada e rosto sangrado
com os dedos debruçado sobre a areia
enterrados contando até dez, um a dez.
outra vez de um a dez de um a dez.
Uma pança encavalitada leve
projecção planificada no mar
do pão de açúcar na retina aberta
desfocada de sol, selva e sal
outra vez de um a dez, um a dez
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