O escarro negro a tez macilenta o arfar contínuo a
roupa no fio a irritabilidade e a lassidão mescladas como uma sopa turbilhonada
num caldeirão com o caldo, as couves, as batatas, as raízes, as cristas de galo,
os abdômenes de barata, as esbranquiçadas patas de galinha, acho que um nabo. O
fumo espirala pela cratera da chaminé que é uma boca negra engolindo toda a
sala, um gato impassível aos modos da mão que o alimenta refastela-se naquele
canto mais próximo da chaminé onde descansa também uma vassoura de graveto
rijos... o fogo no chão da chaminé desvenda o semicirculo de imundo chão onde a
lama e folhagens se empapam num vómito marrom....
Sem comentários:
Enviar um comentário