9.12.13

desolação da casa pensada

Qron magnon//tulherias..graças leves<>
mãos frias de descascar as árvores) deixá-las secas) e frias)
 soalhos de osso calcinado, aquele cheiro de cano desalmado,
 na cozinha.
até as aranhas abandonaram a casa
deixando para trás algumas teias negras de pó e abnegação
o sol grita todos os dias lá para dentro
na varanda das traseiras onde o desânimo se instala feito sombra, ainda soçobram pequenas poças de fevereiro
pintando rostos fantasmagóricos nas cornucópias
esburacadas do lioz
os tubos de queda abdicaram dos caminhos retos
e deixaram-se cair lá embaixo no mato denso que viceja no pátio
carcomidos pela ferrugem da mentira
os solos esvaiem-se sob as sapatas como ratazanas nos subterrâneos
provocando um solo osteoporoso e vencido
a estrutura do prédio (repousa) assenta as muletas nas falhas
e o arcaboiço recurva-se como um aleijado de quadril
(deslocado) e omoplatas salientes
como uma boca os sanitários são onde a desolação
e a falta de cuidados se tornam mais patentes
os azulejos de rosa velho partem-se como dentes podres e as sanitas exalam a morto

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