Cruza a
soleira trazendo os caminhos de terra na barba
os olhos
cegos da violência do sol esquecidos do que é sombra
é do
sertão pó e corpo de vaca magra
cornadura
larga
teus
cactus sugam já o petróleo da terra seca
quebra se
o osso caem as estrelas
Bate
outra vez
volto ao
meu fim
simplesmente
as casas se calam
quando
ela passa sem graça
depois de
uma noite sem fim
e a
calçada se cala
silencia
a cidade
numa paz
combinada
para que
ela chore por fim
é que
remorso trabalha
só quando
mundo se cala
e ela vai
ver enfim que eu sempre estive aqui
e por
cima do ombro
ela há-de
ver ao virar da esquina
o meu
sorriso magoado
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