Sinta o descer e o levantar
Emplacar o cu da galinha
Foguetes é tiro na cara
Topete de rasta com olhos
Recitar com cabeça entre as pernas
De línguas e delongas um suave amarfanhar
Se cruzam as pernas
Mordiscam as pontas
Dançam os rabos
Rabiscam-se os cantos
Dum outro formulário
Cria-la dura
Tudo aspereza e rectidões
Soalho engastado a xixi de gato
Sofá pardo lume baço um século de arrendados
Costas arquejantes como o velho armário
Tão asmático grossas memórias que expectora
As frestas só expandem a largura do frio
E conservam tudo na cárie mal escovada
E são as melhores histórias às da velha
Que me deixavam tão dependurado
Fábulas, consiglieri pedroso, ácaros flutuando no sol do sofá ao fim da tarde
És uma conquilha minha tarde de verão
Brilhas nacarina do azul aluvião
E sob um negro pilão de ébano te enfarinhas
Oh tantas lágrimas abafadas nos trópicos
Da saudade
Espalhem serradura na estrada
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