2.5.20

Bordas da Tina

Palavras ecoam no silêncio
Que é eternal
Arde na seara sideral
Em ondas
Que retornam ao embate
Nas bordas da tina

Galopam de veludo em bola 
Com fôlegos de murmúrios 
Num banho que ganha energia 
A cada embate
Na poeira cinza e fria
Duma estante escondida
Perto da cozinha

E depois de demolidas as galáxias 
Há de crepitar ainda  um sentido 
Um significado de pedra
Na paisagem preenchida

E rasgada do seu contexto
Apartada de suas irmãs palavras
Enriquece de especulação e mistério 
Torna se grito solto eremiterio


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