2.1.21

Escorre o sangue do sobrolho em meticulosas crostas

Cristaliza os padrões

Com que se partem as coisas

O gelo em que se quebra o vidro

As lascas dum tronco rachado

Os sulcos com que o coração é lavrado

 

E como fluem sobre as quebras os líquidos

As geadas sobre o veio granito

O trovão pelas nuvens caindo

Por entre os dedos o passado

 

E se há fogo, prego ou linha

No crisol ou ponta de agulha

Que ajuntam e conservam tantos pedaços

 

Não há choro baba ou ranho

Num colo, ombro ou abraço

Que arribem o corpo  esgarçado

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