Arqueados asmam de ferrugem
sorvem de tarde no desbotado
rasgo dos passos na azinhaga
entre os dias emparedados
sorvem de tarde no desbotado
rasgo dos passos na azinhaga
entre os dias emparedados
latoaria, industria humana
escravidão da própria raça
junto ao rio orgulho de sofrer
junto de fumo ao aço
do carril como um pão duro
de fim do sol junto ao cais
paredes de nicotina e sódio
acende-se a tristeza pelas 7 da tarde
treliças, rebites deste ventoso arcaboiço
flagelado de cabos elétricos
olhos cavados - não te oiço
como as cavas esboroadas no arenito das falésias
já são oito e na Trafaria
já cheira a jantar
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