O seu maior medo era atravessar mais tarde o salão
quando todos já se banqueteavam
esquivava-se ao olhar anfitrião
cada passo no tapete de gala uma cerimónia a que faltara
a indignidade sufoca o traje
as mãos arquejantes não querem saber do juízo
a culpa esmaga a fome
de que adianta o guardanapo?
o tilintar da pratos, os risos de quem merece ser saciado
estrangulam o pescoço do diabo engravatado
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