Raiados de sangue, raiva pura,
Amansado só pelos toques doces no peito,
Laço de aflição olhava-o com ternura,
Madalena tremia por seu amor à noite no leito.
Lúcia
19.7.07
Findo
Findo,
Vermelha de sangue seco no pó misturado,
Borbotos de barro tinto,
Cuspido brutalmente negro fado.
Zé Chove
Vermelha de sangue seco no pó misturado,
Borbotos de barro tinto,
Cuspido brutalmente negro fado.
Zé Chove
Op#1
Os poemas sem a música não entram tão facilmente.
Não acham que deveríamos facilitar o trabalho às pessoas?
Quem não conhece melhor os poemas dos U2 que os do Shakespeare?
E no entanto a qualidade deste último supera o outro.
Podia haver alguém que musicasse todos os poemas mais importantes
para que estes fossem absorvidos pela população.
...para que os poemas não perdessem a sua dignidade seria uma missão para ...
Carlos Marques
Não acham que deveríamos facilitar o trabalho às pessoas?
Quem não conhece melhor os poemas dos U2 que os do Shakespeare?
E no entanto a qualidade deste último supera o outro.
Podia haver alguém que musicasse todos os poemas mais importantes
para que estes fossem absorvidos pela população.
...para que os poemas não perdessem a sua dignidade seria uma missão para ...
Carlos Marques
Luna
Luna tinha uma conversa pegadiça como o pez,
Ao princípio sabia bem era doce,
Envolvente como o mel,
Quente e sufocante que nos tirava a faculdade de pensar.
Mais tarde quando se calava deixava um amargo,
Na garganta.
Manuel Bisnaga
Ao princípio sabia bem era doce,
Envolvente como o mel,
Quente e sufocante que nos tirava a faculdade de pensar.
Mais tarde quando se calava deixava um amargo,
Na garganta.
Manuel Bisnaga
Catarina Furtado
Toda a sua vida consistia em fabricar boas frases,
Era dai que provinha o seu sustento,
Vivia atenta a tudo o que a rodeava aflita,
Desejosa de desvendar novos matizes novas cores da vida.
Por vezes tentava desesperada uma solução no acaso,
Juntava palavras como um jogo nunca se sabe,
Talvez que o ser ou não ser tenha nascido da sorte.
Chorava sempre as mesmas melodias,
Já todos conheciam o seu fardo.
Henrique
Era dai que provinha o seu sustento,
Vivia atenta a tudo o que a rodeava aflita,
Desejosa de desvendar novos matizes novas cores da vida.
Por vezes tentava desesperada uma solução no acaso,
Juntava palavras como um jogo nunca se sabe,
Talvez que o ser ou não ser tenha nascido da sorte.
Chorava sempre as mesmas melodias,
Já todos conheciam o seu fardo.
Henrique
Meu Amor
Não te cansas de pedir desculpa meu amor?
Continuas a rastejar aos meus pés inconsolável?
Sabes bem que volto sempre a sorrir para ti,
Depois de te repreender de cara séria com fervor.
Não quero que te deixes levar,
pelos teus sentimentos a toda a hora,
parece que ficas cego e esqueces,
o que prometemos um ao outro.
Madalena Nova
Continuas a rastejar aos meus pés inconsolável?
Sabes bem que volto sempre a sorrir para ti,
Depois de te repreender de cara séria com fervor.
Não quero que te deixes levar,
pelos teus sentimentos a toda a hora,
parece que ficas cego e esqueces,
o que prometemos um ao outro.
Madalena Nova
18.7.07
Pálpebras a meia haste
Pálpebras a meia haste escondiam
Teus belos olhos verdes de lasciva
Com os lábios trementes abertos suavemente
Em forma e desenho de beijo ardente
Zé Chove
Teus belos olhos verdes de lasciva
Com os lábios trementes abertos suavemente
Em forma e desenho de beijo ardente
Zé Chove
Movia-se
Movia-se esquelética branca nuvem
Gemendo de dor baixinho desgrenhada
Debaixo de um lençol pálido
Fitava o incerto de olhar vidrado
Caminhava para a sombra fugia da luz mortiça da sala de estar
Zé Chove
Gemendo de dor baixinho desgrenhada
Debaixo de um lençol pálido
Fitava o incerto de olhar vidrado
Caminhava para a sombra fugia da luz mortiça da sala de estar
Zé Chove
Persegui-a
Persegui-a até ao fim da rua arrependido,
De lágrimas nos olhos, decidido,
A pedir perdão,
A nunca mais a ofender.
Ela não se voltava para trás,
de queixo empinado,
Ofendida,
Firmada na sua decisão,
de...
Lúcia
De lágrimas nos olhos, decidido,
A pedir perdão,
A nunca mais a ofender.
Ela não se voltava para trás,
de queixo empinado,
Ofendida,
Firmada na sua decisão,
de...
Lúcia
Como uma Onda
Como uma onda
Profunda longa banda sonda
gorda chumbo rombo lombo
baleia óleo baforada
Bela branda algas branca
pança dança envolve abraça esconsa panda
Zé Chove
Profunda longa banda sonda
gorda chumbo rombo lombo
baleia óleo baforada
Bela branda algas branca
pança dança envolve abraça esconsa panda
Zé Chove
Procura
Procurei Prócoro por toda a parte,
Com o coração preocupado,
Trepei duras escarpas de granito,
Na orla das florestas embrenhado.
Desesperava de amargura por não te encontrar,
Cravei as unhas na nuca do desespero,
Será que deliro.
Revolvi os trastes do meu quarto,
Procurei os teus trilhos, os teus rastos,
Perdido por trás de cada tronco,
Perigos trança prosélito próximo próprio
profundo progresso partiste cripta cruz
cravado crosta quebra macábro broca marcas...
Carlos Marques
Com o coração preocupado,
Trepei duras escarpas de granito,
Na orla das florestas embrenhado.
Desesperava de amargura por não te encontrar,
Cravei as unhas na nuca do desespero,
Será que deliro.
Revolvi os trastes do meu quarto,
Procurei os teus trilhos, os teus rastos,
Perdido por trás de cada tronco,
Perigos trança prosélito próximo próprio
profundo progresso partiste cripta cruz
cravado crosta quebra macábro broca marcas...
Carlos Marques
Novos
Correndo descalça pela relva enquanto o sol se punha,
Ainda somos novos mas já andamos de transportes públicos,
Chave no bolso desde os doze,
Poupando para comprar a guitarra,
Mas vem o fim de semana e lá se vai a guita.
Madalena Nova
Ainda somos novos mas já andamos de transportes públicos,
Chave no bolso desde os doze,
Poupando para comprar a guitarra,
Mas vem o fim de semana e lá se vai a guita.
Madalena Nova
Tenho Cerveja
Tenho cerveja suficiente para um mês no frigorífico,
Se quiseres podes ficar em minha casa.
A tv cabo está paga, não tenho telefone,
A praia aqui ao lado, vai estar de arromba.
Já te vejo louca depois do banho,
Sentada no sofá de entrada à minha espera.
Manuel Bisnaga
Se quiseres podes ficar em minha casa.
A tv cabo está paga, não tenho telefone,
A praia aqui ao lado, vai estar de arromba.
Já te vejo louca depois do banho,
Sentada no sofá de entrada à minha espera.
Manuel Bisnaga
Disco
Tipo, estilo, cena do género,
Fútil, perfume, couro, pele.
Cabelo solto, preso.
Luz noturna de Lisboa.
Vamos de carro pra disco,
Tremendo de ansiedade,
Vamos correr o risco,
Esquecer num momento a cidade.
Cores, batidas, sensações,
Beleza, álcool, desejo,
Vivo o momento afogado,
Na loucura do imediato.
Aqui nunca me verás chorar,
Aqui só me vais ver dançar.
Vou pular de alegria animal,
Amanhã será outro dia.
De vómito de dor eu sei,
Mas agora sou o rei.
Grito alto explosão de felicidade,
Amanhã morro perante a verdade.
Madalena Nova
Fútil, perfume, couro, pele.
Cabelo solto, preso.
Luz noturna de Lisboa.
Vamos de carro pra disco,
Tremendo de ansiedade,
Vamos correr o risco,
Esquecer num momento a cidade.
Cores, batidas, sensações,
Beleza, álcool, desejo,
Vivo o momento afogado,
Na loucura do imediato.
Aqui nunca me verás chorar,
Aqui só me vais ver dançar.
Vou pular de alegria animal,
Amanhã será outro dia.
De vómito de dor eu sei,
Mas agora sou o rei.
Grito alto explosão de felicidade,
Amanhã morro perante a verdade.
Madalena Nova
On the Mix
O único som que precisarás de ouvir é o meu suspiro,
Atravessei apressado o Areeiro olhei lá em baixo a Alameda,
Caminhei rápido para tua casa tremendo.
Violinos gordos bem alimentados,
Choraram com rasgos a tua partida,
No meu peito um violoncelo soou grave.
Diniz Giz
Atravessei apressado o Areeiro olhei lá em baixo a Alameda,
Caminhei rápido para tua casa tremendo.
Violinos gordos bem alimentados,
Choraram com rasgos a tua partida,
No meu peito um violoncelo soou grave.
Diniz Giz
Cheiro Enjoativo
Deitada no sofá no seu vestido rosa bem roliça,
A casa quente da lareira,
Exalando um cheiro enjoativo a plantas secas.
Subimos pelo telhado em plena Alfama,
lá em baixo brilhava o Tejo.
Um dia virás até mim em sonhos,
Vejo a tua sombra a toda a hora.
Oiço a tua voz sempre que ligo a rádio,
Preciso da tua carne.
Beijar o teu peito,
Apaixonado quente de amor,
Abafo as tuas bochechas desesperado,
com medo de te voltar a perder.
Lúcia
A casa quente da lareira,
Exalando um cheiro enjoativo a plantas secas.
Subimos pelo telhado em plena Alfama,
lá em baixo brilhava o Tejo.
Um dia virás até mim em sonhos,
Vejo a tua sombra a toda a hora.
Oiço a tua voz sempre que ligo a rádio,
Preciso da tua carne.
Beijar o teu peito,
Apaixonado quente de amor,
Abafo as tuas bochechas desesperado,
com medo de te voltar a perder.
Lúcia
orações
Um tigre rugia no meio da selva irritado
Vivia no interior de um frigorífico desligado
Compunha peças de música pimba
Fumava para esquecer o fanatismo dos selos
Madalena Nova
Vivia no interior de um frigorífico desligado
Compunha peças de música pimba
Fumava para esquecer o fanatismo dos selos
Madalena Nova
Criança Perdida
Criança perdida chorando inconsolável,
Na beira do molhe, à noite na praia.
Escondida no frio da sombra dos candeeiros da marginal pública,
O sol à muito que já se pôs no coração jovem abandonado.
Paulo Ovo
Na beira do molhe, à noite na praia.
Escondida no frio da sombra dos candeeiros da marginal pública,
O sol à muito que já se pôs no coração jovem abandonado.
Paulo Ovo
Barca
Calma lenta - quem disse que esta barca nunca mais navegaria -
Subiu mansamente cada onda rasgada pelo brilho da lua.
Vai sozinha em silêncio mar a dentro, com a rede recolhida,
Ninguém a comanda vai ao sabor do vento.
Lúcia
Subiu mansamente cada onda rasgada pelo brilho da lua.
Vai sozinha em silêncio mar a dentro, com a rede recolhida,
Ninguém a comanda vai ao sabor do vento.
Lúcia
Gata Saltitando
Gata saltitando de telhado em telhado na noite,
Patinhas frias, corpo quente,
Vagueavam na noite perto do rio.
Miavam raspando o lombo nas árvores,
Cravadas as unhas na terra.
Madalena Nova
Patinhas frias, corpo quente,
Vagueavam na noite perto do rio.
Miavam raspando o lombo nas árvores,
Cravadas as unhas na terra.
Madalena Nova
Rock_8
Néons rasgando o céu, a minha mulher é a melhor venha conhecê-la,
Crianças na tv apresentando o noticiário,
Supermercados de inutilidades,
Alguns chorando pelos cantos querem o fim do mundo.
Venha conhecer o prazer mais recente do nosso estabelecimento,
Morte arrastada pelo vento ,
Mentirosos aplaudidos na praça pública correm nus,
Quando virá o fim do mundo?
Gordinha do basket vai fazer-me feliz,
Banhinhas fofas e pegajosas,
Sida, sida, nos seus lábios
Não interessa só quero a diversão imediata.
Vasco Vides
Crianças na tv apresentando o noticiário,
Supermercados de inutilidades,
Alguns chorando pelos cantos querem o fim do mundo.
Venha conhecer o prazer mais recente do nosso estabelecimento,
Morte arrastada pelo vento ,
Mentirosos aplaudidos na praça pública correm nus,
Quando virá o fim do mundo?
Gordinha do basket vai fazer-me feliz,
Banhinhas fofas e pegajosas,
Sida, sida, nos seus lábios
Não interessa só quero a diversão imediata.
Vasco Vides
Consul Tora
Trabalho agora é a sério,
Vou partir a loiça toda,
Ninguém me agarra,
Vou rebentar.
Filipe Elites
Vou partir a loiça toda,
Ninguém me agarra,
Vou rebentar.
Filipe Elites
Gritam por Liberdade
Gritam por liberdade, corroídos pelo ódio,
Ignorância triste desacatos de criança,
Apelam já roucos pelos seus direitos,
Coitados corroídos sem fé.
Angústia raivosa que pulsa com qualquer carícia,
Sentem-se bem numa certa imundície de raiva,
Não querem a paz querem a paaaaaaaaaaaaaaazzzzzzz,
Uma paz gritada borbulhando de violência.
Oh como é doce o orgulhosamente sós,
Não sei bem o que procuro,
Mas deixa-me explodir de raiva.
Brás
Ignorância triste desacatos de criança,
Apelam já roucos pelos seus direitos,
Coitados corroídos sem fé.
Angústia raivosa que pulsa com qualquer carícia,
Sentem-se bem numa certa imundície de raiva,
Não querem a paz querem a paaaaaaaaaaaaaaazzzzzzz,
Uma paz gritada borbulhando de violência.
Oh como é doce o orgulhosamente sós,
Não sei bem o que procuro,
Mas deixa-me explodir de raiva.
Brás
Doce
Doce mãe porque choras tão dolente?
Se fui eu, diz me qualquer coisa.
Se não paras pode ser que também chore,
Tenho pena por te ver assim aflita.
Diz me mãe como te posso consolar,
Estás tão longe tão bonita,
De rosto glorioso lavado em lágrimas,
Prostro-me de joelhos sem saber o que te dar.
André Istmo
Se fui eu, diz me qualquer coisa.
Se não paras pode ser que também chore,
Tenho pena por te ver assim aflita.
Diz me mãe como te posso consolar,
Estás tão longe tão bonita,
De rosto glorioso lavado em lágrimas,
Prostro-me de joelhos sem saber o que te dar.
André Istmo
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