Uma criança no talho,
olhava as dançarinas pernas de vaca.
O branco cheiro de sangue,
e uma luz roxa sussurrando.
Mais um brilho de cutelo alucinante,
estraçalhando o porco agonizante.
A bata pálida e exangue,
chupa a vida da carne.
As velhotas distraídas,
assustam-se falsamente com o estoiro,
e saem aliviadas largando o oiro.
Espantado o pirralho,
com a cara esmagada na vitrine,
sente o fresco na barriga,
diz sem vergonha,
olhando os músculos do talhante,
“mãe dá-me uma faca daquelas”.
Zé Chove
Sem comentários:
Enviar um comentário