Hoje revi-me de novo naquela banheira de azulejos cor-de-rosa,
Antiga da casa da vila.
Tomava banho depois de um dia de praia.
Gostava de ficar muito tempo na água quente,
Sorvia a água do fato de banho.
A casa de banho enchia-se de um vapor perfumado quente e sonolento.
Atravessava o corredor de madeira com a toalha enrolada na cintura,
E gritava - “Próximo”.
Vestia-me lentamente,
Estafado da praia,
A cara fervia do sol da tarde.
Penteado para trás e bem cheiroso,
Lá descia para a sala onde me enterrava no sofá castanho e desconjuntado,
E deixava-me anestesiar pela televisão.
Como eu, os primos, cada um com sua posição de leão empoleirado numa árvore, Moldávamo-nos aos sofás.
Mário Mosca
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