De noite perseguido no escuro pelo marulhar indefinido das avenidas.
Lembranças que passam sem deixar rasto mas sujam o fundo dos ouvidos até à insensibilidade.
Dispersos arrabaldes que fogem à cidade mãe e dormem à noite,
cada vez mais longe, filhos dispersos, até ganharem a independência lá ao longe onde criam as suas próprias histórias.
Do ar vê-se que se escondem nas matas fronteiriças.
Triste da alma arrombo o primeiro chaço que encontro,
decompondo-se com um murmurio surdo debaixo de um velho lampião intermitente.
Zé Chove
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