Rastejou no terreno da grande obra,
Que não chegou a começar.
Debaixo do sol violento o pó no ar,
Misturava-se com o suor e sufocava.
Tentou imaginar a grande torre,
Sentiu o peso esmagador do betão.
Cravou as unhas na poeira,
Levantou as mãos bem cheias,
O pó caiu qual lençol dourado,
Cegando-o, espalhando-se pelo peito.
O projecto que ficara sem forma,
O desejo que permanecera mais belo no seu espírito.
Lúcia
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