O que é que me distancia dum Pessoa ou de dum Camões?
Será que sentem de maneira diferente?
O que é que os distingue?
Como é que alcançaram tamanho império?
Também me sei expressar.
Será que é importante aquilo da métrica?
Será que tudo tem de rimar?
Que tenho de fazer para que leiam os meus escritos?
O que é querem que eu diga?
Acho que não tenho um divino jeito.
Vou agora olhar os poemas dos conceituados,
para perceber como poderei escrever como eles.
Será das palavras caras?
Terei de comprar um dicionário?
Donde lhes veio tanta vontade de falar?
Será que escreviam para ganhar dinheiro?
Ou seria uma vontade irresistível de exprimirem as suas almas?
E qual seria o seu método?
Trabalhoso ou de rasgos e de génio?
Pelo menos não podem dizer que escrevi pouco,
tenho aqui matéria para um livrito de bolso.
Mas será que vale alguma coisa?
Vou-me comparar com os grandes?
Li alguns só para me inspirar.
Todas as rimas certinhas e a métrica exacta.
As palavras são rebuscadas,
e os sentidos que nos querem transmitir são vagos,
porque a forma é exigente,
e não se podem alongar em extensas prosas,
palavras bem escolhidas e airosas.
Madalena Nova
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