Sons apaixonados do tango,
choro de lágrimas do fado,
fumo triste dum cigarro,
no bar noturno fiquei apaixonado.
Bela donzela de negro,
agora as guitarras choram mais alto,
bebi o último copo,
rodopiei á sua volta e saímos para o bairro.
Sozinhos com frio na noite histórica,
mãos dadas com carinho,
cobria com a jaqueta,
e ficámos a contemplar o rio.
Amanhecia quando terminou o filme da sua vida,
sonhámos de cabeças juntas no futuro,
abraçámos quentes e chorámos de alegria,
fatos negros numa massa flutuante.
Carlos Marques
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