A luz trespassava a velha estrutura,
fabril de metal decadente.
Fixei extasiado a sua altura,
raios de pó coado refulgente.
Cada passo ecoava na nave potente,
ainda sentia o seu poder produtivo,
adormecido nas máquinas em silêncio,
sonhador suspiro furtivo.
Perdido de louca ganância,
linhas de montagem infinitas,
estoiros cadenciados de metal.
Mão num motor, fitei a distância,
senti o cansaço das iniciativas,
esbofeteei o meu peso animal.
Zé Chove
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