Todo momento foi cunhado
com o selo branco da fatalidade.
Bastava a sua presença
para nos agoniarmos na vertigem
da imponente e fria
penha da moralidade.
Temor permanente temor
de sermos destrinçados pelo seu olhar
e em vez de luz
mergulharmos nas trevas.
Poupa-me das tuas revelações.
Prefiro ignorar o poço e o pêndulo
vaguear nas escuridões.
Sirvam-me a aconitina
dans la bonbonnière.
Lúcio Ferro
PS: toma lá bombons
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